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Writer's pictureLuiza Bruscato

JBS defends partnership between public and private sectors in supporting small producers




Na visão da diretora de Sustentabilidade da JBS, Liège Correia, além de investimentos no CAR, é preciso trazer mais renda para o produtor, para acelerar a adesão a técnicas produtivas mais eficientes e sustentáveis

A JBS destacou, em painel da COP realizado na última segunda-feira (11), a necessidade de investimentos dos setores público e privado para padronizar e qualificar o Cadastro Ambiental Rural brasileiro ou outra base de dados comum para rastreabilidade da cadeia.


“Precisamos do setor privado investindo no público para acelerar o processo de regularização das propriedades rurais. Estamos cobrando um animal com rastreabilidade individual, mas ainda não avançamos na base desse processo, que é o Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, observou a diretora de Sustentabilidade da JBS, Liège Correia, durante o painel “Acelerando a implementação da rastreabilidade no setor pecuário: estratégias colaborativas para cadeias de fornecimento sustentáveis”.


A executiva comparou a rastreabilidade individual ao segundo andar de uma casa, em que o térreo é a regularização fundiária das propriedades. Na visão de Correia, além de investimentos no CAR, é preciso trazer mais renda para o produtor, para acelerar a adesão a técnicas produtivas mais eficientes e sustentáveis e à rastreabilidade dos animais.


“Um exemplo é que hoje temos mais de 2 milhões de propriedades rurais pecuárias no Brasil e somente 1.300 são habilitadas para exportar para a Europa. Quando você exclui produtores, um país e a bioeconomia da Amazônia de participar de um mercado, você está, na verdade, estimulando esse mercado B, que acaba acontecendo no Brasil por falta de oportunidades econômicas e suporte técnico ao produtor. Não falo como indústria e sim como país. Precisamos trazer para a mesa essa discussão”, afirmou.


De acordo com Raoni Rajão, head do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, 2024 será o ano do CAR.


“Em 2023, buscamos avançar muito. O CAR é uma política ambiental para o cumprimento o Código Florestal e, agora, temos um parceiro mais de peso, o Ministério da Gestão, para avançar do ponto de vista tecnológico”, disse, destacando que, no próximo ano, o objetivo será ampliar os incentivos aos produtores para que possam avançar no CAR. “Ele [produtor] terá mais trabalho e será configurada a existência de um déficit de Reserva Legal e APP, etc. Então, precisamos mudar esse conjunto de incentivos”.


A diretora da JBS também defendeu a necessidade de ter uma base única de dados nacional sobre a cadeia da pecuária, comum e acessível para todos.


“Hoje cada companhia ou instituição contrata uma empresa de monitoramento e tem seus próprios bancos de dados e critérios, e acaba tendo uma divergência entre o que cada um analisa”, afirma. Segundo ela, a criação de um “selo verde” nacional também contribuiria para unificar e dar credibilidade às propriedades e critérios de compra das empresas.

Outro ponto abordado no painel foi a necessidade de trazer o produtor para a conversa, de oferecer acesso a oportunidades econômicas e apoio técnico para ele se adequar.


“Temos hoje o desafio de comunicação para transmitir ao produtor qual o benefício que ele vai ganhar. Ele precisa entender que ele faz parte de algo muito maior. Queremos comunicar que estamos vendendo carne com biodiversidade, com preservação da reserva legal e da natureza. Mas, para isso, precisamos fazer a rastreabilidade, ter informação e fazer com que o produtor tenha acesso e faça parte desse sistema. Ainda falta a visão coletiva”, afirmou a diretora executiva do Mesa Brasil da Pecuária Sustentável, Luiza Bruscato.


A JBS também vem atuando nessa frente para apoiar os produtores para que possam adotar práticas da agropecuária regenerativa, como a utilização de tecnologias e implementação de sistemas agroflorestais biodiversos, além de financiamento para identificação de animais.

Por meio de seus Escritórios Verdes, a companhia já ajudou na regularização e no apoio a cerca de 19 mil produtores para aplicação de boas práticas de pecuária regenerativa e já contribuiu para a recuperação florestal de mais de dois mil hectares.

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